Eu, Modo de Usar:

Pode invadir ou chegar com delicadeza, 
mas não tão devagar que me faça dormir.
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.
Acordo pela manhã com ótimo humor mas ...
permita que eu escove os dentes primeiro.
Toque muito em mim, principalmente nos cabelos.

Tenho vida própria, me faça sentir saudades,
conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas 
e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando
este tipo de herança de seus pais. 

Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, 
elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e,
não me obedeça sempre que eu também gosto 
de ser contrariada e mimada.
( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).

Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.
Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, 
não de boate que isto é coisa de gente triste.
Adore uma conversa assim sem seriedades.
Não seja escravo da televisão.
 
Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. 
Escolha um papel para você que ainda não
tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me surpeenda......... quando eu menos esperar. 
Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, 
uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: 
loba, boba, rouca, boca ...
 
Goste de música. de filmes, goste de um esporte não muito banal.
Não invente de querer filhos, me carregue pra  missa,
apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ...
Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora.
Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres,
tenha amigos e digam muitas bobagens juntos.
Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas.
Não fume, não beba (muito), chore, eleja algumas contravenções.
Me rapte!
 
Se nada disso funcionar ... experimente me amar !!!
 
 
(Texto de Martha Medeiros, adaptado por mim de acordo com o "meu modo de usar")
 

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